“Vencer uma versão minha tabajara
numa corrida até aquela máquina do tempo em forma de avião? Eu sou a Capitã Marvel...
chamo isso de Quarta-feira.” (DANVERS, Carol)
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Compilando os primeiros seis
números da revista solo da antiga Miss Marvel, Captã Marvel 1 traz consigo uma
nova maneira de se encarar quadrinhos de super-heróis nem em todo bom, nem em
todo ruim.
O enredo começa com uma cena de
ação envolvendo a protagonista Carol Danvers, capitão América e um ataque do
homem absorvente (HAHAHAHAH Não aguento esse nome) que logo é neutralizado pela dupla de heróis,
desde o inicio Carol já utiliza o novo uniforme, que parece algo que ela
acharia na lavanderia da enterprise e tem duvidas se é correto deixar de ser
Ms. Marvel e se tornar capitão Marvel, que era o nome utilizado pelo herói que
deu origem a seus poderes. A historia mergulha dentro da própria mitologia,
conhecemos novos personagens ligados intimamente à Danvers como a velhinha
resmungona e doente Tracy e a aviadora
Hellen Cobb ídolo de juventude da protagonista além de conhecermos
também sobre como era a vida pregressa de Danvers lá no interior dos E.U.A.
Motivada em dar à Capitã Marvel
historias com sua própria cara a roteirista
Kelly Sue então saca da manga uma das artimanhas mais gastas pra quem lê gibi,
viajem no tempo, pois é, tentando quebrar um recorde antigo e provar que sua
velha amiga e ídolo estava certa Carol Danvers acaba entrando numa máquina do
tempo voadora, que primeiro a leva até o pacifico durante a segunda guerra
mundial, depois pra os E.U.A durante a guerra fria, e por fim pro momento que
foi o grande divisor de águas de sua vida, quando ela adquiriu seus
superpoderes.
Primeiros capítulos: Arte heroica e dramática |
A viagem no tempo podia ter matado
a historia logo no inicio, mas em vez disso acabou se tornando algo instigante
e bastante surreal, porém diga-se que a explicação da viagem no tempo é bem
tola, nem diria forçada achei criativa, mas sei lá, meio boba. O grande mérito
do roteiro de Kelly são as sacadas quanto à humanização da personagem e as
pontas soltas exatas que nos fazem ficar pensando na história e na capitã
depois do gibi ter terminado. Ainda assim falha por exemplo em estabelecer um
ponto para as histórias da capitã acontecerem, ficando só no hype “maior
heroína da marvel mesmo” quer dizer, uma compilação de seis edições e a Capitã
Marvel nem tem ninguém ´pra chamar de vilão muito menos um desafio
superpoderoso de verdade é demais olha.
Arte dos últimos capítulos: Estilizada e cômica |
A arte é feita nas primeiras
partes por Ed McGuinness, Dexter Vines e Javier Rodriguez nas ultimas por Terry
e Rachel Dodson e são absurdamente diferentes entre si. O traço das primeiras
histórias puxa mais pro que se imagina de uma história de heróis mesmo, as
cenas de voo da capitã, tanto no avião como fora dele estão dentre as mais
incríveis da compilação. A segunda parte segue um estilo mais cartunesco,
alternativo e de certa forma cabe ao que se propõe uma vez que ao ponto que a
arte troca a história fica mais intimista e surreal mesmo então acaba
combinando.
Vamos esperar que a Panini comics
não seja bandida e publique o resto da história da Carol Danvers...
NOTA FINAL: 7//10
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