Apresentação:
Como explica o
próprio nome do mix, as revistas reunidas aqui estão mesmo à sombra do famoso
(adorado, idolatrado,salve,salve,mimimi) Batman. Ela foca nas aventuras dos
outros vigilantes de Gotham, sem deixar é claro, de se conectar com as
historias principais do paladino morcego.
Batman&Robin 0:
Roteiro: Com ótimo roteiro de Peter J Tomasi a história foca nas origens do Robin, Damian Wayne, e vai
fundo no conceito, mostrando desde o (chato) anti-herói mirim desde que era um
bebê, sendo criado por sua mãe, uma das cabeças da organização criminosa Liga
das sombras talia ra's al ghul. Esta
edição mostra como foi a infância de Damian, como ele descobriu que Bruce Batman
é seu pai, e todo seu treinamento.
Arte: A
arte é linda, Patrick Gleason segue dando qualidade pra série neste aspecto,
acho ótimo como todos os quadrinhos tem uma sensação de movimento fazendo com
que a narrativa flua como em uma animação
Melhor momento: uma das melhores cenas
pra mim foi no batismo de sangue de Damian, ele nasce e a mãe o coloca em uma
espécie de piscina, uma das criadas faz um comentário desagradável e é
prontamente assassinada, caindo na água fazendo com que o Bebê Damian nade em
sangue, desde cedo a mãe acostuma o filho à violência e ao assassinato.
Pior momento: O ultimo quadrinho. O
esperado encontro de pai e filho só acontece no final da historia e para pro
aí, nenhuma atualização do ocorrido nem nada.
Nota final: 8 //
10
Batwing:
Roteiro: Vou confessar que: De cara a ideia de Batwing não me agradou. Quem já lê quadrinhos da DC, deve estar
familiarizada com o conceito: Pegar um personagem importante, e dar diga-mos
uma versão negra pra ele. Aconteceu com Superman. Aconteceu com Lanterna verde.
Batman agora chegou a sua vez. Sério eu até entendo o motivo, as editoras
antigas se deram conta que não tem heróis negros em seu alto escalão e
resolveram dar um jeito de consertar isso. Como de boas intenções o inferno
tá cheio Brincadeiras a parte temos Batwing, um herói africano auxiliado
pelo Batman (que ajudou a construir o mega equipamento dele) que de certa forma
quer ajudar seu povo e se redimir de seus pecados ao mesmo tempo. A edição zero
mostra exatamente isso, o que teria feito David zavimbe um incansável paladino
da justiça? Sinceramente gostei bastante da história, achei que teve bons
momentos de ação equilibrados com os personagens de suporte certos para que a
trama ficasse crível.
Arte: Gostei bastante os desenhos do
Marcos To, achei que ele soube aproveitar bem os quadrinhos nos momentos certos
da história também curti o uniforme antigo do Batwing até bem legalzinho, meio
simplório, mas faz sentido que naquele momentos seja assim. No geral ótima
arte.
Melhor momento: A luta com Jack morte, foi incrivelmente divertida ainda que Batwing ainda não estivesse com seu equipamento característico.
Pior momento: Achei que a morte clichê do ente querido que motiva o herói, muito apressada em Batwing. Ficou parecendo que nem tinha importância na história.
Nota
final: 7.5 /10
Capuz vermelho e os fora-da-lei:
Roteiro:Apesar do nome “capuz vermelho
e os fora-da-lei” a edição zero foca somente no inicio da vida e da carreira de
Jason Todd, curiosamente desde o nascimento até a morte, acho que o único
problema é que a historia do próprio capuz pelo menso pra mim e acredito que
para muita gente já está super manjada, porém no fim ficou interessante em
pouco mais de 20 páginas foi possível contar uma historia bem complexa e
interessante, mostrando como os pais de Jason se conheceram, como se envolveram
com o Batman como ele virou o Robin e tudo o mais que a essa altura já sabemos
ou saberemos o que acontece. Bom trabalho Scott Lobdel.
Arte: Não é ruím, mas foi a que eu
menos gostei comparando com o resto das histórias do mix. Curiosamente 3
pessoas assinaram arte sem especificar quem fez o desenho, a arte final etc...
são eles Pasqual Ferry, Ig Guara e Brett Booth
Melhor momento: O quadro em que mostra
o capuz vermelho se levantando da tumba, bela maneira de resumir os
acontecimentos, sem duvida.
Pior momento: O inicio do relacionamento
dos pais do capuz vermelho é bem besta, vamos ter que admitir.
Nota final: 7/10
Batgirl:
Roteiro: Começo essa mini análise
deixando claro que este titulo está no meu top 10 dos novos 52, incrível como
se percebe através da leitura o quanto a autora gosta da protagonista, Barbara
Gordon, infelizmente Gail Simone derrapa no roteiro em um momento crucial. A
história de origem é incrivelmente boba e simples, e isso fica mais evidente
quando se lê a origem dos outros paladinos de Gotham na mesma revista, tudo
começa quando conhecemos mais sobre Barbara Gordon, quem é, onde mora, sua
família seus interesses e perspectivas, esse porém se mostra como um dos
único aspecto positivos desta trama, o
mergulho na psique da personagem, diga-se de passagem em alguns momentos um
pouco clichê. Porém quando a ação começa tudo desengrena de vez. Resumindo a
história Barbara é uma garota fofa e decidida, considerada estranha,
especial e que vê no pai, o famoso comissário Gordon um ídolo. Um dia, ela seu
irmão o pequeno James fazem uma visita ao trabalho do pai onde,
“coincidentemente” um perigoso bandido está, e eles acabam obviamente se
envolvendo em confusões do barulho tendo que lidar com o meliante, para tal
Barbara usa um equipamento protótipo da policia que imita a roupa do Batman.
Arte: Muito boa, mas estranhei as
proporções do artista (Ed Benes) uma hora Barbar parece alta, outra hora baixa,
uma hora o vilão parece um gigante “metahumano” outra hora tem estatura
aceitável pra um homem normal.
Melhor momento: Barbara sendo levada
pra conhecer o protótipo de armadura que imita a do Batman e ela percebendo que
ele não tem nada de super, é só um cara esperto, gostei também dela ter
instintivamente se colocado no mesmo nível dele: “Só é esperto como eu”
Pior momento: Batman dizendo que
Barbara fez um bom trabalho depois de vê-la vestida como ele salvando um
policial. Até parece que Batman falaria isso gente...
Nota-final:
7/10
Asa noturna:
Roteiro: A história do Asa noturna é
provavelmente a história mais famosa de um Robin e pra mim é a mais legal, aproveitam
pra dar uma turbinada no próprio Dick Grayson como personagem. Ele mais do que
nunca é mostrado como um garoto prodígio, mas vamos combinar, desde a infância
já era um pouco do bestão inocente que é hoje. Acho que a dupla Tom
Defalco e Kyle Higgins conseguiu algo fantástico, que foi contar com maestria
em uma única história que explica tão bem a abordagem do personagem, ao mesmo
tempo em que introduz uma nova (velha) arqui-inimiga pro herói, que será importante
no arco seguinte.
Arte: Achei linda! Só não digo que Eddy
Barrows fez a melhor e mais adequada arte deste mix porque não dá pra competir
com “Batwoman” (KKKK)
Melhor momento: Em que o Dick e seu
amigo (muy amigo) estão brincando entre os vagões do trem, logo no inicio da
historia, gostei do movimento, e de como o menino prodígio já era bem prodígio
mesmo antes de ser Robin.
Pior momento: Toda situação envolvendo
o presente de passarinho que ele deu pra mãe. Gente, muito clichê essa cena.
Desculpa mas eu achei. Menção honrosa, pra luta com a Lady Shiva, que durou, só
uma página com o Robin/ nightwing apanhando incessantemente e Shive
discursando.
Nota-final:
8/10
Mulher-gato:
Em uma
palavra: Decepcionante. Sim, realmente me decepcionei com a história zero da
Mulher-Gato, pra começar porque teve muita coisa chupada do filme do Tim
Burton, aquilo de caiu-do-telhado-ressuscitou-vingativa-e-feroz, com direito a
lambida dum grupo de gatos obviamente, pra completar a tragédia a história é
super mal contada, fica indo e vindo pro passado e futuro da personagem, de
forma meio bizarra. No fim se resume à Selina Kyle sendo usado por alguém de
alguma forma o tempo todo, ah e Selina tem um obsessão bizarra por joias (sim
bem mais do que antes.) Ann Nocenti pisou na bola legal aqui heim...
Arte: Eu gostei da
arte no geral, mas tem exageros absurdos, em muitos momentos a boca da Selina é
desenhada muito grande fazendo ela parecer um pouco com o Coringa, também achei
dois dos personagens (o que descobre a farsa de selina) e o que faz a proposta
no beco, muito parecidos...a propósito, a Mulher-gato tá numa pose bem bizarra
na capa...enfim a arte da historia é da Adriana Melo e a da capa são do Guillem
March e do Tomeu Morey
Pior momento: Foram tantos....mas se
tivesse que escolher diria que é quando selina aparece chorando, completamente
enlouquecida esfregando o rosto nas jóias, aquilo foi muito trash.
Melhor momento: Acho que os breves
momentos que mostram como era a vida de selina no orfanato ou reformatório,
roubando pra chefia mas guardando um pouco para si foi um dos poucos momentos
que me lembrou porque eu acho a personagem tão legal
Nota
final: 4/10
Batwoman:
Roteiro: Feliz em dizer que minha
revista favorita do mix, teve a melhor história de origem nesta edição 0, J. H.
Williams III consegue mais uma vez prender o leitor à uma historia que parece
fadada à chatice (afinal é uma história de origem) ao mesmo tempo em que
consegue adicionar doses de suspense à trama, mesmo pra quem já sabe bastante
sobre a personagem, gostei da idéia de quase toda a história ser explicada
através de textos, que são memórias da própria Kate Kane, e ter poucas falas
com balões, lembrando bastante o ar “detective comics” revista que deu origem à
nova Batwoman.
Essa historia,
narra os principais acontecimentos da vida de Kate Kane que a levaram a se
tornar a atual Batwoman, desde a época em que era criança jutno com sua irmã
gêmea, até seu árduo treinamento ao redor do mundo promovido pelo seu pai para
que se tornasse a heroína que é hoje
Arte: Simplesmente linda, a equipe
criativa composta pelo já citado J. H. Williams e pelo Haden Blackman realmente
é incrível e faz com que esse titulo destoei visualmente dos outros gibis da DC
atualmente.
Melhor
momento: Dificil dizer, pois tiveram vários momentos excelentes, mas acho
que o melhor momento pra mim foi a sequência em que Kate invade a escola
abandonada na Rússia para salvar reféns e tem uma grande surpresa no fim, a
cena é sombria, tensa e incrivelmente intensa, excelente
Nota final
9/10
Não perca a seguir o review de “Aves de Rapina 0”