domingo, 30 de agosto de 2015

Mortal Kombat X: Laços de Sangue


             "FIGHT" (Scorpion, 2015)

Um preludio para o game de sucesso lançado esse ano, Mortal Kombat X Laços de sangue faz um bom trabalho ao preparar o público para a nova fase da franquia, tanto no roteiro quanto em design.

Compilando as edições 1 a 4 da publicação original, o encadernado foca nos acontecimentos anteriores ao modo historia do jogo e funciona como uma preparação de terreno pros eventos. Um dos focos principais é Takeda,  filho de Kenshin (O que no gibi se mostra de certa forma controverso) e seu duro treinamento com Scorpion em sua tentativa de reconstruir seu Clan o Shirai  Ryu, essa é a minha parte favorita do gibi, eu realmente gostei do desenvolvimento e da história, além da relação entre Scorpion e Takeda. Outro foco é a relação delicada entre as forças especiais lideradas por Sonya na terra, e o império de Khotal Khan que é ameaçado por uma insurgência da imperatriz anterior Mileena. Ah e tem também as peripecias de Cassie Cage, filha de Sonya e Johnny Cage, e Jacky Briggs filha do Jax Briggs.


 A origem ditador-extradimensional-básica do novo vilão Khotal Khan.


Muita coisa acontece nessa edição. Muitos personagens são apresentados e pequenas lutas acontecem. E ai vem o primeiro problema, já sabemos que os personagens que aparecerem e que não estão presentes em MKX só vão servir pra apanhar dos que aparecem, isso se não parecer que foram finalizados pelos personagens.

           Afinal Scorpion...Tu quer que o cara vá ou que ele venha?


O gibi também usa e abusa do tal do "X-ray effect" que surgiu no Mortal Kombat 9 e retornou em toda sua glória para o X. Qualquer soco já é motivo de desenhar o esqueleto do cara sendo partido. O que poderia ser um recurso interessante para a história acaba se tornando algo cômico. Outro ponto curioso é que a panini cagou pra adaptação brasileira do jogo dexiando sempre que possivel os termos na lingua original. Por exemplo, nada de Exoterra, só Outworld mesmo. Eu eu achei esse nome exoterra tão lecaaalll...


Nota final: 6,395//10,000

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Prety Guardian Sailor Moon #1








“Eu? Eu sou...Eu sou...er. Eu sou a graciosa guerreira que luta pelo amor e pela justiça Sou Sailor moon!” (TSUKINO, Usagi A.K.A Sailor moon)





Eis que finalmente, depois de anos de pedidos dos mais diversos fãs da cultura pop geral e da japonesa a JBC traz o mangá de Sailor Moon para o Brasil. A história da guerreira da Lua é até curta no mangá se comparada com sua contraparte animada.

Escrito e desenhado por Naoko Takeuchi  o mangá conta a história de Usagi, uma colegial japonesa, com um corte de cabelo esquisito, que em um dia de sua comum vida se encontra com a gatinha Luna, que se revela uma guardiã do reino da Lua e que deve passar à Usagi a missão de guardar o cristal de prata e proteger a princesa reencarnada. Se a sinopse é simples, a história em si é estranha, misturando conceitos como reencarnação, viagem no tempo, guerreiras mágicas, família e astrologia.
É interessante o estranhamento de quem assistiu à animação da década de 90 e se depara pela primeira vez com o mangá, no desenho clássico a estrutura girava em torno de episódios no maior estilo super sentai, com direito a monstros da semana e no caso da versão americana até uma “moral” do dia. No manga isso não ocorre, a narrativa é dividida em atos que vão dando continuidade direta a história tendo somente a quebra ao final de uma saga.

O ritmo é veloz e Logo nesta primeira edição as quatro primeiras guerreiras já são reunidas e a quinta já da ares de que aparece em breve. Porém pessoalmente achei a personalidade de todos com exceção dos protagonistas Mamoru e Usagi muito mal explorada. Os vilões, se mostram bem descartáveis ironicamente lembrando os "monstros da semana" da animação clássica que duravam um episódio com exceção do vilão principal que obviamente dura o arco inteiro



 Mais 11 dessas pra completar a coleção!



 A arte é bem bonita e em muitos momentos dá a impressão de que está representando um sonho, mesmo sem cores (Como a maioria dos mangás) os traços diferenciam bem todas as personagens, inclusive as sailors. Porém um problema grave pra mim é a dificuldade em retratar cenas de ação, é quase impossivel ver qualquer efeito gerado pelos poderes que não pareçam raios genéricos e nunca da pra entender se o personagem morreu mesmo ou só se teletransportou...

Pessoalmente acho Sailor Moon um marco para os animes/Mangás de maneira geral e não somente para o gênero shoujo. Muito feliz com a publicação deste material no Brasil.

NOTA FINAL: 8,213

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Os Vingadores: A queda

“Há alguém com quem os Vingadores tenham lidado que possua tal nível de poder místico? Alguém que pudesse orquestrar esse nível de caos?” (STRANGE,Stephen A.K.A Dr. Estranho)


Uma história que não só põe ponto final na longa jornada do gibi dos vingadores, a esta altura já alcançava o numero 500, também apostou em novos começos para a Marvel do século 21. Nesta história tons de vermelho vemos a equipe mais importante da Marvel ser despedaçada de dentro pra fora, em uma história com bastante ação, porém igualmente muita conversa.

Reunindo as edições 500-503 de Avengers e o especial Avengers finale, o encadernado mostra o grande ataque sofrido pelos vingadores por um de seus membros mais valorosos.

Precisa alertar pro Spoiler?

"Ei vingadores vamos fazer um churrasco...oh Wait, tem um exército de ultrons na porta de casa!!!"



Então, depois de anos usando uma magia bizarra que nem a própria sabe do que se trata de verdade para promover ao bem do lado dos vingadores, a feiticeira escarlate acaba surtando, Não só devido aos poderes que cresceram exponencialmente mais às tragédias que afetaram a saúde mental da coitada
.
O motivo da minha antipatia em relação ao roteiro de Brian  Bendis é simples, ela não da uma motivação interessante pro desbandar dos vingadores, a essa altura os x-men e o quarteto fantástico já passaram por situações bem semelhantes e ficaram fortes e resignados mesmo tendo metade do pessoal e da força deles.
Olhando o histórico Parece uma pessoa completamente racional pra mim...
Ok. Eles ficaram tristes porque foram traídos por um querido membro, mas só isso? E concordando aqui com o que o Homem aranha falou a Wanda nunca esteve em seu juízo perfeito, afinal ela casou com robô e gerou crianças através da magia. Sobrou pro Dr. Estranho limpar a bagunça. No fim, depois da mansão destruída e de alguns vingadores mortos (gente...) e feridos. Os que sobraram se reúnem pra relembrar os seus melhores momentos e o quanto gostavam da Wanda...

A arte é excelente. David Finch usa bem as sombras na arte pra dar um ar de mistério na trama, ainda que o desenrolar seja surpreendente demais para que alguém naquela época pudesse entender o que aconteceria.


Nota final: 7,890//10,000

domingo, 29 de junho de 2014

X-men: Superdotados

“Os mutantes não são uma comunidade “gatinha”. São um bando de ovelhas patética, implorando para serem tosquisadas, três alunos faltaram na minha aula de ética. (...)” (FROST, Emma)
“Ah, meu Deus. Você ensina ética?” (PRYDE, Kitty) 



                 Segundo volume da coleção de Graphic novels da Salvat é na verdade o numero 36 dessa coleção, e conta com ninguém mais ninguém menos que os surpreendentes X-men, a reformulação da equipe proposta por Joss Whedon após os fatídicos eventos que levaram a destruição de Nova York nas mãos de magneto, e a morte(de novo) de Jean Grey, chegou a hora dos X-men se reerguerem como podem.

                Pausa aqui para um critica à SALVAT, por que razão, motivo, diabos circunstância não se está publicando na ordem correta? Porque olha só, quem leu a do Homem aranha sabe que o final pede (Grita em agonia como um cantor de metal) pela continuação, que apesar de anunciada no fim do volume sabe Deus quando vai ser publicada. Aqui de certa forma acontece o mesmo.

#Partiu_salvar_cidade

                Como falar desse arco de histórias sem parecer um fã boy desesperado? Não saberia sinceramente, pra mim uma das melhores historias da atualidade, dá uma renovada em personagens clássicos ao mesmo tempo que mantém muito bem a essência dos gibis dos X-men, é clara aqui a predileção de Whedon pela personagem Kitty Pryde (a lince negra) e posteriormente li entrevistas dizendo que sua mais famosa personagem, Buffy a caça vampiros (sim a do seriado que até a rede globo apresentava) foi em muitos aspectos baseada nela, engraçado como agora temos o oposto ocorrendo, a dinâmica do grupo deste arco dos X_men (formado por ciclope, wolverine, Emma Fros, Fera e a já citada Lince negra) em muito lembram a dinâmica e a interação do grupo da caça-vampiros (os “Scooby”, como se denominavam). A história que compreende os volumes 1-6 de “astonishing X-men” também serviu de base, de certa forma para o roteiro do terceiro filme dos mutantes, aparentemente uma empresa cientifica desenvolveu uma “cura” para a mutação, e cabe aos nossos heróis investigar e decidir por conta própria se essa tal cura é boa ou ruím, além de terem de lidar com uma nova ameaça vinda do espaço que parece muito interessado nos mutantes e uma nova divisão secreta filiada à SHIELD.

Esse ai sabe como superar as perdas. O quê nós conhecemos como "ficar  viúvo" Scott conhece como ano bissexto. Pra quê perder tempo hein?

                A arte de John Cassaday é excelente em basicamente todos os momentos, se mostrando porém superior no desenho de rosto e em momentos de pouca ação. Ele também merece ser parabenizado por ter conseguido fazer Kitty parecer mais velha, porém não tanto a ponto de parecer ter a mesma idade dos veteranos, o visual do Fera também impressiona além das cenas em perspectiva em que o grupo está todo reunido.  Simplesmente ótima a arte.

                No meio de tantas piadas, diálogos engraçadinhos e referências diversas à cultura pop temos uma historia sólida, divertida e que traçou à época novos rumos para os nossos mutantes preferidos.

Um trailer do arco. Virou motion comics...


NOTA FINAL:  8//10          

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Espetacular Homem Aranha: De volta ao lar

“Oi, aqui é o Peter. Minha vida desmoronou. Como não atendi, devo ter ido trabalhar, comprar comida ou fiquei preso nos escombros. Deixa o seu recado que eu ligo assim que a poeira baixar.” (PARKER, Peter in secretária eletrônica)



Quando a noticia de que a editora Salvat, publicaria uma coleção de “Graphic novels” da Marvel surgiu lá pela internet de 2013 fãs de quadrinhos entraram em polvorosa, imediatamente se descobriu quais seriam as historias, qual coleção seria a base e até em que Estados as historias chegrariam primeiro, porém na contramão do hype a Salvati deu uma cartada de mestre, ela trocou a ordem das publicações, começou pela numero 21 com “O espetacular Homem-Aranha de volta ao lar” da qual trataremos a seguir.

Com enredo de J. Michael Straczynski (Que eu nunca tenha que pronunciar este nome) “De volta ao lar” é um daqueles momentos em gibis de heróis que estes precisam de uma repaginada, aliás pausa aqui pra falar que pelo menos metade das escolhas pra essa coleção tiveram como critério a revitalização de certa forma do personagem, neste caso a trama se passa após Peter Parker e Mary Jane se separarem depois desta ter sido vitima de um sequestro e de uma tentativa de homicídio ( de leve) nas mãos de um dos vilões do aranha, bom acho que sabendo disso podemos partir pro enredo propriamente dito da Graphic Novel, Peter decide recomeçar, o que inclui ir morar sozinho, arrumar um trabalho em seu antigo colégio, e tentar viver um dia após o outro. Quando Peter apesar das desventuras aracnídeas de sempre começa a se firmar, um novo vilão surge, além de um possível novo aliado com poderes similares ao dele e com uma fixação pra lá de macabra com o aranha. Aqui vai minha primeira critica pra historia, que chatice esse misticismo todo envolvendo os poderes do aranha, parecia que eu estava lendo Witchblade (nada contra inclusive gosto.) mas forçou legal,  esse clichê do homem-rico-que-quer-obter-poderes-ancestrais-à-força-de-quem-os-obteve-naturalmente provavelmente não era um clichê à época da publicação dessas historias, mas hoje em dia...Por sorte, a ação compensa e muito a viagem que é a história, fazendo com que você compre a idéia numa boa, sem contar o espetacular final que redefine todas as historias doa ranha a partir de então...



Porrada de alta qualidade! Valeu Romita!



A arte é interessante, Romita Jr. Acerta e muito no quesito ação, ver os personagens em movimento é um deleite, e as cenas de luta entre o aranha e o vilão Morlun são de tirar o fôlego, diga-se de passagem são mais de 20 páginas de pancadaria initerrupta. Porém quando o assunto é face, o Romita se perde olha, todo mundo tem uma cara quadradona, e o mais interessante é quanto mais importante é o resto na cena (exemplo: um dialogo) pior ela fica, vai entender.



Não. Ele não é parente do Keneth Irons, nem conhece nenhuma Sara Pezzine...


A edição da Salvat além de compilar as edições 30-35 de “The Amazing Spiderman” também inseriu um resumo com a história pregressa do Aranha, as capas de todas as edições. Uma minibriografia do roteirista e do artista, uma galeria de arte mostrando a evolução do traço do aranha e um outra galeria (meio boba) com todos os vilões do universo do Peter que assim como ele são baseados em animais. Bom trabalho!!!

Nota Final: 8//10 





quarta-feira, 25 de junho de 2014

Capitã Marvel 1 - A heroína mais poderosa da terra.

“Vencer uma versão minha tabajara numa corrida até aquela máquina do tempo em forma de avião? Eu sou a Capitã Marvel... chamo isso de Quarta-feira.” (DANVERS, Carol)   



Compilando os primeiros seis números da revista solo da antiga Miss Marvel, Captã Marvel 1 traz consigo uma nova maneira de se encarar quadrinhos de super-heróis nem em todo bom, nem em todo ruim.

O enredo começa com uma cena de ação envolvendo a protagonista Carol Danvers, capitão América e um ataque do homem absorvente (HAHAHAHAH Não aguento esse nome)  que logo é neutralizado pela dupla de heróis, desde o inicio Carol já utiliza o novo uniforme, que parece algo que ela acharia na lavanderia da enterprise e tem duvidas se é correto deixar de ser Ms. Marvel e se tornar capitão Marvel, que era o nome utilizado pelo herói que deu origem a seus poderes. A historia mergulha dentro da própria mitologia, conhecemos novos personagens ligados intimamente à Danvers como a velhinha resmungona e doente Tracy e a aviadora  Hellen Cobb ídolo de juventude da protagonista além de conhecermos também sobre como era a vida pregressa de Danvers lá no interior dos E.U.A.

Motivada em dar à Capitã Marvel historias com sua própria cara a  roteirista Kelly Sue então saca da manga uma das artimanhas mais gastas pra quem lê gibi, viajem no tempo, pois é, tentando quebrar um recorde antigo e provar que sua velha amiga e ídolo estava certa Carol Danvers acaba entrando numa máquina do tempo voadora, que primeiro a leva até o pacifico durante a segunda guerra mundial, depois pra os E.U.A durante a guerra fria, e por fim pro momento que foi o grande divisor de águas de sua vida, quando ela adquiriu seus superpoderes.

Primeiros capítulos: Arte heroica e dramática

A viagem no tempo podia ter matado a historia logo no inicio, mas em vez disso acabou se tornando algo instigante e bastante surreal, porém diga-se que a explicação da viagem no tempo é bem tola, nem diria forçada achei criativa, mas sei lá, meio boba. O grande mérito do roteiro de Kelly são as sacadas quanto à humanização da personagem e as pontas soltas exatas que nos fazem ficar pensando na história e na capitã depois do gibi ter terminado. Ainda assim falha por exemplo em estabelecer um ponto para as histórias da capitã acontecerem, ficando só no hype “maior heroína da marvel mesmo” quer dizer, uma compilação de seis edições e a Capitã Marvel nem tem ninguém ´pra chamar de vilão muito menos um desafio superpoderoso de verdade é demais olha.

Arte dos últimos capítulos: Estilizada e cômica


A arte é feita nas primeiras partes por Ed McGuinness, Dexter Vines e Javier Rodriguez nas ultimas por Terry e Rachel Dodson e são absurdamente diferentes entre si. O traço das primeiras histórias puxa mais pro que se imagina de uma história de heróis mesmo, as cenas de voo da capitã, tanto no avião como fora dele estão dentre as mais incríveis da compilação. A segunda parte segue um estilo mais cartunesco, alternativo e de certa forma cabe ao que se propõe uma vez que ao ponto que a arte troca a história fica mais intimista e surreal mesmo então acaba combinando.
Vamos esperar que a Panini comics não seja bandida e publique o resto da história da Carol Danvers...



NOTA FINAL: 7//10